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Em Busca do Produto de Sucesso - Parte 3 - Como fazer?

  • Fabio Sant'Ana
  • 26 de fev. de 2018
  • 5 min de leitura

Antes de falar o como fazer, é importante entender qual a relevância disso para o processo e a imagem abaixo ajuda muito a ilustrar o motivo; As pessoas envolvidas no processo de desenvolvimento de um produto são muito diferentes e tem interesses distintos. São realmente de mundos diferentes. Então, para se chegar em um produto de sucesso, é de fundamental que todos estejam em sintonia e envolvidos no processo. Caso isso não aconteça, a chance de um produto ter falhas ou mesmo ser um fracasso são muito maiores.

Em busca do Produto de Sucesso - Parte 3 - Como Fazer?

MUNDOS DIFERENTES

A idéia de mundos diferentes surge no sentido de ilustrar que cada uma das pessoas e/ou setores envolvidos tem interesses completamente distintos. Existem um objetivo em comum; o projeto. Porém, muitas vezes, essa é a única sinergia existente.

O design, a engenharia, a área comercial, a área de produtos, o marketing, a diretoria executiva, o fornecedor etc. Cada um tem uma forma de pensar e sua meta.

(para ver exemplos práticos de como isso funciona, veja o Post 5 desta série: "Parte 5 - Os Atores").

Bom, se as pessoas pensam diferentes, mas precisam trabalhar em equipe para alcançarem um resultado comum, como o designer deve agir para ajudar que isso aconteça?

COMO FAZER:

Tendo como base a ideia que este é um trabalho de equipe e todos precisam estar envolvidos no processo, vamos entender como fazer isso.

A primeira coisa é: o designer precisa lembrar que todos fazemos parte de uma equipe de trabalho, cada um tem seu valor dentro do processo e que ninguém chega a um produto de sucesso sozinho. Não pode existir o pensamento de que "eu sou o designer" e o resto é a equipe. Todos somos a equipe.

Muitos designer tem o costume de se colocar em um pedestal e achar que suas ideias e decisões estão acima de qualquer coisa. Isso pode funcionar em alguma situação específica, mas não acredito ser saudável para o projeto e, principalmente, pode inviabilizar projetos futuros com a mesma equipe.

De forma prática, para executarmos este pensamento, podemos dividir nossas ações em 3 ítens:

1. INTEGRAÇÃO

Como já dito anteriormente, pelo fato do designer participar de uma fase chave do desenvolvimento onde ele receberá informações "cruas" e as transformará em conceito, solução e produto, a interação com outras áreas da empresa, cliente e fornecedores é fundamental. Isso porquê o designer precisa garantir que tem todos os elementos necessários para fazer um desenvolvimento correto e garantir que ele siga até o final da forma que idealizou.

Essa interação de projeto será melhor descrita nos próximos posts (Parte 4 - O Projeto e Parte 5 - Os Atores). Porém, de forma geral, se o designer não garantir uma boa comunicação com as áreas que lhe nutrem de informação relevante ao projeto, haverá muito ruído e e buraco no momento de conceituar a solução. E se começarmos com um conceito errado, é melhor nem iniciar o projeto.

Se tivermos boas informações e um bom conceito, mas não sabemos o que as áreas envolvidas são capazes de entregar e os fornecedores de produzir, o projeto também pode ir por água abaixo.

O papel do designer é garantir que todos os atores estejam envolvidos no projeto e que lhe passem tudo que seja relevante ao projeto para garantir que seu trabalho flua e seja bem feito.

Esse papel não seria do gerente de produto/projeto? Talvez. Mas pela minha experiência, o gerente de projeto está mais preocupado com outras coisas. Com gerenciar recursos e prazos, assuntos os quais ele domina e tem como principal função. Porém há coisas no projeto que só o designer entende e sabe que é necessário. Lembrando. Somos de mundos diferentes. O designer é de um, o gerente de produto/projeto é de outro.

Então, DICA: Não considere que a articulação a qual seu trabalho depende seja feita por outra pessoa, faça você mesmo. Garanta que seu trabalho tenha tudo para ser concluído com qualidade. Use o gerente de produto/projeto para conseguir a informação que precisa, não espere que ele faça sem você demanda-lo.

2. COCRIAÇÃO

Por quê esta palavra é tão importante? Porque se você faz parte de um time o qual precisa trabalhar junto, cada um detém uma parte da informação e você é o responsável por juntar boa parte delas, chamar os outros atores para trabalhar realmente de forma integrada e criar neles o sentimento de pertencimento mudará tudo.

Esse é um ponto super importante. Todo mundo quer dar pitaco no desenvolvimento. Todo mundo acha que sabe algo sobre o seu trabalho. Já percebeu que "todo mundo é designer"?. Para mim, isso tem vários motivos, mas vou abordar um aspecto aqui.

A etapa do desenvolvimento onde o designer atua tem criação, geração de ideias, juntar as peças de um problema para achar uma solução. Isso desperta interesse nas pessoas.

E nos dias de hoje? Cada vez mais nós vemos as pessoas compartilhando coisas. Desde uma mensagem de Bom Dia no whatsapp, fotos de um domingo no parque, até stories com meio que tudo da sua vida.

As pessoas querem ser valorizadas! Querem se sentir parte de algo! Querem ser ouvidas! Querem fazer parte do processo! Elas tem opinião, querem falar e falam! E mostram! Compartilham!

Você decide na sua vida como filtrar essas informações para visualizar o que você quer. No seu trabalho pode fazer o mesmo.

Chame os atores envolvidos para conversar. Ouçam o que eles tem para dizer. Filtre as informações recebidas e selecione o que de melhor foi dito e pense se é possível incluir no projeto.

Sabe o que isso muda? TUDO!

Quanto mais você traz as pessoas para perto e gera nelas uma sensação de pertencimento, mais você terá o comprometimento dela com o processo. Com seu projeto! Com o que você criou.

Se você, antes de finalizar o projeto for ao projetista/engenheiro, trocar ideias do projeto, mostrar o que pensou e ver o que ele acha. Se ele curte ou se tem alguma sugestão, quando o projeto chegar até ele, a barreira será muito menos. Ele saberá do que se trata. E mais, ele sentirá que aquele projeto também é dele e, com isso, fará muito mais para dar certo do que faria se fosse "qualquer projeto".

E isso vale para todas as areas da empresa e também para os fornecedores. Se mantenha perto deles. Chame para participar do processo.

ATENÇÃO: Obviamente, lembre-se qual seu papel. Você deverá usar este conceito para conseguir chegar onde você quer, não para ser Papel Noel e agradar todo mundo em detrimento do seu trabalho.

3. HUMILDADE / TROCA

A interação e a cocriação são possíveis apenas se a humildade do designer e a capacidade de se abrir à troca estiver plena.

Reforçando o que foi dito no começo deste post: Precisamos lembrar que fazemos parte de um time. Não somos soberanos. Temos uma grande importância no processo, mas os demais atores, também.

Esteja SEMPRE aberto aos outros. As trocas de informação e experiências são riquíssimas para o projeto.

Ninguém sabe mais sobre design do que o designer. Porém, ninguém sabe mais sobre vendas do que o vendedor; ninguém sabe mais de projeto, mecanismos, molde etc do que o projetista e o engenheiro; ninguém sabe mais de placas e circuitos do que o pessoal da elétrica; ninguém sabe mais do cliente do que o dono da empresa ou a pessoa que está em contato direto com ele o tempo inteiro.

Seja humilde, busque informações, troque conhecimentos, chame as pessoas para participar e faça-as se sentir parte. Quanto maior a sensação de pertencimento, maior será o engajamento delas. Maior será a chance de sucesso do seu trabalho e do projeto.

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